domingo, 19 de fevereiro de 2012

Nutrient Timing – Horários em que o Whey Protein e a Creatina aumentam o crescimento muscular

O que há de tão especial sobre os horários em que nós comemos? Para a maioria das pessoas sedentárias, não importa em que momento os nutrientes são consumidos. Enquanto o nutrient timing não é crítico para a maioria, ele é essencial para quem levanta pesos visando o aumento da massa muscular. O anabolismo muscular devido ao exercício e ingestão de nutrientes é influenciado por vários fatores, inclusive o tipo de proteína. Por exemplo, a ingestão de proteínas do leite, seguido por exercícios com pesos, possui uma maior absorção de aminoácidos pelo músculo do que a ingestão da proteína de soja, por exemplo (8). Outro exemplo é que uma proteína de rápida absorção, como o Whey Protein, vai levar a uma maior resposta à insulina e aminoácidos do que a caseína. Examinando a ciência do nutrient timing em detalhes, torna-se claro que não é apenas o tipo ou a quantidade de alimento que você come que conta, mas também “quando” você os consome em relação ao treino.

Por exemplo, pesquisadores observaram a relação entre as alterações imediatas e após 24 horas no metabolismo protéico muscular em voluntários, sob duas condições: 1ª – durante o repouso; e 2ª – no momento em que realizavam exercícios de resistência com ingestão de aminoácidos essenciais. A ingestão de aminoácidos essenciais associada aos exercícios aumentou por 24 horas a síntese protéica e melhorou o balanço nitrogenado por mais do que isso. E mais, esse aumento foi idêntico, tanto no período de repouso quanto durante o treino, medido após 3 horas ou mesmo 24 horas depois. Estes resultados sustentam a tese de que as alterações na síntese protéica logo após os treinos não representam grandes mudanças em relação a períodos maiores (7). A deposição de proteína muscular após cada sessão de exercícios é pequena, e este pequeno acúmulo é que gradualmente aumenta a massa muscular ao longo do tempo. Este acúmulo lento e gradual de novas proteínas pode explicar porque as alterações na massa muscular com o treinamento geralmente só são percebidas após várias e várias semanas de treinamento.

As janelas de oportunidades anabólicas


Muitas pessoas esquecem que a nutrição pré-treino é tão importante quanto a nutrição pós-treino. Estudos também revelaram que a ingestão de 6 gramas de aminoácidos essenciais antes do treino resultou em uma maior síntese protéica muscular, comparado a quando eles foram ingeridos apenas no pós-treino. Isto sugere que esta maior síntese de proteína ocorre em função do aumento de aminoácidos no interior do músculo, induzido pelo exercício através do aumento do fluxo sanguíneo no músculo alvo (9). Outro estudo relatou que quando a suplementação protéica foi consumida imediatamente antes do exercício durante um período de 14 semanas, resultou em maior hipertrofia dos extensores do joelho do que consumindo a mesma proteína somente após o treino (10).

É importante ressaltar que você não precisa de uma grande porção de proteína antes. Os pesquisadores têm notado mudanças mensuráveis com apenas 15g de proteína antes do exercício. Logo após o treino, caso você não tenha consumido proteína antes, seu corpo estará em um estado catabólico, em função desta má estratégia nutricional, e poderá permanecer assim até que aminoácidos sejam ingeridos. Muitas pessoas preferem esperar até chegar em casa para comer, e alguns chegam até a perder o apetite em função do esforço, o que faz com que estas pessoas nem mesmo se alimentem nesse período. Isso não é bom.

Novas pesquisas sugerem que um shake de proteína do soro do leite (Whey) pode ser o suplemento mais anabólico você pode ter. Curiosamente, embora as células sejam preparadas para a construção muscular a qualquer momento, um estudo anterior, constatou que tomar um shake de Whey antes e imediatamente após o treino resultou em maior aumento da massa muscular em comparação a um grupo que consumiu o mesmo shake de manhã e logo antes de dormir (1). Outro estudo relatou que uma demora tão pequena quanto 2 horas para consumir um shake de proteína resultou em redução na hipertrofia muscular e no ganho de força (2). Uma fase anabólica ocorre imediatamente após o exercício e dura aproximadamente uma hora ou duas (no máximo). O ideal é tomar uma dose de Whey (mesmo que pequena, 15g, por exemplo), antes e após o treino, pois este pode ser momento anabólico ideal para ingestão deste nutriente em vista do crescimento muscular.

Os segredos do Nutrient Timing revelados


Então, qual é a importância do nutrient timing para o crescimento muscular? Pesquisadores escolheram aleatoriamente sujeitos para consumir um shake de Whey antes e imediatamente após o treino, enquanto outro grupo recebia uma bebida visualmente parecida e com gosto idêntico, só que placebo. Nem os sujeitos nem os pesquisadores sabiam quem estava recebendo a proteína do soro do leite e quem estava recebendo a bebida placebo. Não havia diferença entre o consumo total diário de proteínas, carboidratos, gorduras e calorias entre os dois grupos, a única diferença era o shake de Whey adicionado antes e após o treino. Então, qual é a diferença que dois shakes de proteína do soro do leite podem fazer?

Os indivíduos realizaram exercícios de resistência por 21 semanas; Ao final do estudo, os sujeitos que consumiram míseros 15g de Whey antes e depois dos treinos tiveram maiores aumentos na hipertrofia muscular que o grupo de controle. O grupo que consumiu o Whey Protein antes e depois dos treinos teve um aumento na área do músculo quadríceps de aproximadamente 10%, enquanto o grupo de controle teve um aumento de aproximadamente 7,5%. No que diz respeito à força muscular, a ingestão de proteínas de soro de leite teve um efeito positivo apenas na produção de força isométrica das pernas no leg press (o aumento foi maior do que o do grupo de controle). Então, nós temos aqui dois grupos, fazendo os mesmos exercícios e treinamentos, com a mesma ingestão diária de nutrientes e a única diferença para aqueles que ficaram maiores foi um simples shake de Whey Protein antes e depois do treino!

Os pesquisadores queriam descer ao nível molecular para descobrir o que diabos estava acontecendo. Eles também realizaram biópsias musculares para analisar as mudanças na expressão genética das pernas dos indivíduos meia hora antes do treino, 1 hora depois e 48 horas depois do treino. Então, qual foi a diferença entre os grupos?

Whey Protein antes e após o exercício alteram a expressão genética


Os pesquisadores descobriram que os níveis de uma proteína chamada quinase-2-ciclina-dependente (Cdk2) mRNA aumentou significativamente após o treino, mas somente no grupo do Whey. Mas o que há de tão especial sobre esta proteína chamada Cdk2? Esta proteína é um marcador de ativação das células satélite. Lembre-se, células satélites são células-tronco de “músculos bebês”, que estão à espera de serem ativadas para que possam se fundir com o músculo e aumentar a massa muscular. Curiosamente, o aumento da Cdk2 permaneceu elevado após 21 semanas de treinamento, mas, novamente, apenas no grupo do Whey. Portanto, parece evidente que a ingestão de proteínas antes do treino aumenta a expressão da Cdk2 mRNA e aumenta a atividade das células satélites.

Em uma pesquisa separada, cientistas alteraram os genes de ratos para reduzir a expressão de Cdk2 pelos genes musculares, e esses ratos ficaram mais magros em relação ao grupo normal (3). Outros estudos mostraram que os inibidores de Cdk2 aumentam os níveis de miostatina e inibem a ativação das células satélite (4). Assim, tomando Whey Protein antes e após o treino pode realmente aumentar seus ganhos de força e volume, principalmente mediado por melhores ativações das células satélite. E, ao que parece, doses mínimas de 15g de proteína do soro do leite já são suficientes. Este é o primeiro estudo que relatou que shakes de Whey Protein antes e imediatamente após o treino aumentaram a ativação das células satélites musculares. Um fato interessante é que ambos os grupos comeram a mesma quantidade de proteína durante o estudo, a única diferença foi o momento da administração do Whey.

Super combinação: Creatina e Proteína aumentam a massa muscular


Pesquisadores no Canadá, na Universidade de Regina, levaram a pesquisar um pouco mais longe. Pesquisas anteriores mostraram que a creatina aumenta a massa muscular e também mostraram que a proteína do soro do leite também aumenta. Então, o que aconteceria se combinássemos os dois? Eles realizaram a pesquisa com homens mais velhos, lhes dando Creatina (1g /kg de peso corporal), um shake de creatina com Whey, ou um placebo. Os indivíduos treinaram por 10 semanas, três vezes por semana. No final do estudo, o grupo que consumiu o Whey + Creatina, aumentou mais a massa muscular do que o grupo que consumiu a Creatina isoladamente (6).

O grupo Whey + Creatina também teve maiores aumentos de peso no supino, em comparação com os outros grupos. Como já dito, este estudo utilizou os homens mais velhos, mas aqui vai a boa notícia para os homens mais velhos: os pesquisadores descobriram que uma combinação de Creatina e Whey aumentou mais massa muscular em homens mais velhos do que quando administrado a homens mais jovens! Eles ainda usaram uma dose muito baixa de Creatina (8g por dia), que só foi dada nos dias de treinamento. Este estudo está de acordo com um estudo anterior em que Creatina e proteína consumidas antes e após o treino resultaram em maior aumento da massa muscular do que apenas a Creatina sozinha (11).

Outro aspecto interessante do estudo é que os pesquisadores fizeram uma alusão ao aspecto do nutrient timing da Creatina. Eles sugerem que a Creatina tomada antes ou após o exercício parece ter mais efeitos anabólicos em comparação à outros horários, assim como a ingestão de proteínas. Com base nestes resultados, parece que o horário de administração da Creatina é tão importante quanto o Whey Protein, antes e depois do treino.

Creatina aumenta o IGF-1 muscular


Nova pesquisa mostra que a Creatina aumenta o crescimento muscular por um novo mecanismo. Os pesquisadores descobriram que quando os músculos estavam no processo de formação de novas fibras musculares, a Creatina acelerou o processo. Os pesquisadores descobriram que, quando novas fibras musculares estão sendo formadas, reações ATP-dependentes são necessárias. A Creatina aumenta seletivamente a ATP nas células, de modo que este processo provavelmente acelera o crescimento muscular. Vários estudos tem demonstrado crescente demanda de energia durante o crescimento muscular. Embora a energia seja fornecida através da interação cooperativa de múltiplos sistemas, o acúmulo de Creatina pode facilitar as taxas máximas de reposição da ATP durante o crescimento muscular. Outra descoberta interessante foi que a injeção de Creatina no músculo esquelético lesado aumenta o crescimento das fibras musculares em fase de regeneração. Todos estes resultados adicionam uma nova visão sobre o importante papel da Creatina no processo de crescimento muscular.

E quando você pensa que não poderia ficar melhor…
Pesquisadores no Canadá informaram que quando jovens realizaram oito semanas de treinamento de resistência, os indivíduos tiveram um aumento significativo na expressão de IGF-1 no músculo (55%), enquanto indivíduos que consumiram Creatina e realizaram os mesmos exercícios pelo mesmo período tiveram maior aumento nessa mesma expressão (78%)! O grupo da Creatina também teve maiores aumentos em fibras musculares tipo II (28%) do que no grupo de controle (5%). Curiosamente, os pesquisadores descobriram que as mudanças na massa muscular magra e no IGF-1 no músculo foram correlacionadas com as mudanças nos níveis de Creatina total intramuscular (5).

A indústria de suplementos está crescendo mais e mais rápido, com novos produtos que prometem ganhos de massa muscular, mas sem estudos de base científica para validar essas afirmações… São apostas. Os suplementos que comprovaram aumento na massa muscular e na atividade das células satélites são a Creatina, o Whey Protein e a Leucina. Estes são comprovadamente aprovados para aumento de massa muscular quando usados antes e imediatamente após os treinos. E os dois primeiros produtos tem sido consistentemente pesquisados e comprovam aumentar a massa muscular. Então, aqueles que puxam ferro devem consumi-los para um aumento consistente de massa.

*Nutrient timing: Momento ideal para ingestão de determinado nutriente.


Referências:


1. Cribb PJ, Hayes A. Effects of supplement timing and resistance exercise on skeletal muscle hypertrophy. Med Sci Sports Exerc, 2006 Nov;38(11):1918-25.
2. Esmarck B, Andersen JL, Olsen S, Richter EA, Mizuno M, Kjaer M (2001) Timing of postexercise protein intake is important for muscle hypertrophy with resistance training in elderly humans. J Physiol, 535:301-311.
3. Berthet C, Aleem E, Coppola V, Tessarollo L, Kaldis P (2003) Cdk2 knockout mice are viable. Curr Biol, 13:1775-1785.
4. McCroskery S, Thomas M, Maxwell L, Sharma M, Kambadur R. Myostatin negatively regulates satellite cell activation and self-renewal. J Cell Biol, 2003 Sep 15;162(6):1135-47.
5. Burke DG, Candow DG, Chilibeck PD, MacNeil LG, Roy BD, Tarnopolsky MA, Ziegenfuss T. Effect of Creatine supplementation and resistance-exercise training on muscle insulin-like growth factor in young adults. Int J Sport Nutr Exerc Metab, 2008 Aug;18(4):389-98.
6. Candow DG, Little JP, Chilibeck PD, Abeysekara S, Zello GA, Kazachkov M, Cornish SM, Yu PH. Low-Dose Creatine Combined with Protein during Resistance Training in Older Men. Med Sci Sports Exerc, 2008 Aug 5.
7. Tipton, KD, Borsheim, E, Wolf, SE, Sanford, AP & Wolfe, RR. (2003) Acute response of net muscle protein balance refl ects 24-h balance after exercise and amino acid ingestion. Am J Physiol Endocrinol Metab, 284, E76-E89.
8. Tipton KD, Ferrando AA. Improving muscle mass: response of muscle metabolism to exercise, nutrition and anabolic agents. Essays Biochem,  2008;44:85-98. Review.
9. Tipton KD, Rasmussen BB, Miller SL, Wolf SE, Owens-Stovall SK, Petrini BE, Wolfe RR. Timing of amino acid-carbohydrate ingestion alters anabolic response of muscle to resistance exercise. Am J Physiol Endocrinol Metab, 2001 Aug;281(2):E197-206.
10.Candow DG, Chilibeck PD, Facci M, Abeysekara S, Zello GA. Protein supplementation before and after resistance training in older men. Eur J Appl Physiol, 2006 Jul;97(5):548-56.
11.Candow DG, Chilibeck PD. Timing of Creatine or protein supplementation and resistance training in the elderly. Appl Physiol Nutr Metab, 2008 Feb;33(1):184-90. Review.
12. O’Connor RS, Steeds CM, Wiseman RW, Pavlath GK. Phosphocreatine as an energy source for actin cytoskeletal rearrangements during myoblast fusion. J Physiol, 2008 Jun 15;586(Pt 12):2841-53.

Aminoacidos essenciais e carboidratos durante o exercício também aumentam a massa muscular


Além da nutrição pré e pós-treino, pesquisas sugerem que a nutrição durante o exercício também parece aumentar a massa muscular. Estudos anteriores mostram que aminoácidos essenciais e carboidratos, tomados durante o treino, podem reduzir a degradação de proteínas por até 48 horas, reduzir o cortisol induzido pelo exercício, além de estimular a liberação de insulina. O aumento da insulina e aminoácidos essenciais cria um perfil hormonal mais favorável para o anabolismo. Um estudo anterior analisou a eficácia da nutrição intra-treino, a cada semana durante 12 semanas, onde um grupo de 32 homens sedentários realizaram dois treinos “full-body” com duração de 60 minutos (oito exercícios, 3 séries de 8-10 repetições até a falha por exercício; 60 segundos de descanso entre as séries). Entre as séries, os indivíduos bebiam um suplemento contendo 6g de aminoácidos essenciais e cerca de 40g de carboidratos. Os ganhos em massa muscular magra foram maiores no grupo que consumiu a suplementação intra-treino. Este grupo ganhou 4kg de massa magra, em comparação com apenas 1,8kg no grupo do placebo. Assim, sugere-se que, além do p´re e pós treino, uma suplementação durante os treinos pode produzir um crescimento mais rápido do músculo, a longo prazo
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Referência:

Bird SP, Tarpenning KM, Marino FE. Bird SP, Tarpenning KM, Marino FE. Independent and combined effects of liquid carbohydrate/essential amino acid ingestion on hormonal and muscular adaptations following resistance training in untrained men.. Eur J Appl Physiol, 2006 May;97(2):225-38.

sábado, 4 de fevereiro de 2012

HCG – Gonadotrofina Coriônica Humana

Cientistas reconheceram pela primeira vez o hormônio agora chamado gonadotrofina coriônica humana (HCG) na década de 1920 . HCG é, sem dúvida, uma das ferramentas disponíveis mais usurpadas, incompreendidas e subutilizadas no fisiculturismo. HCG não é um esteróide, é ocorrência natural de peptídeos produzidos pelo embrião nas primeiras fases da gravidez e depois pelo trofoblasto (parte da placenta) para ajudar a controlar os hormônios de mulheres grávidas . Isto torna o revestimento do útero pronto para a implantação do ovo fertilizado.

HCG é uma glicoproteína composta por 237 aminoácidos e tem uma massa de 36.7kDa. HCG basicamente “atua” como Hormônio Luteizante (LH) no seu corpo. LH é uma gonadotrofina. Eles foram os primeiros a serem extraídos pelo ser humano, em 1958, mais precisamente na glândula pituitária. Gonadotrofina é qualquer substância que estimula as gônadas (ovários, testículos).

É heterodimérico (inicia primeira fase da mitose), com uma alfa subunidade idêntica ao LH (hormônio luteinizante), FSH (hormônio folículo estimulante) e TSH (hormônio estimulador da tireóide). LH é chamado uma gonadotrofina porque ele estimula as gônadas (testículos). É produzido nas células hipofisárias e é constituída por uma cadeia beta de 115 aminoácidos e uma cadeia alfa de 89 aminoácidos.

Nos testículos, o LH se liga a receptores sobre as células de Leydig, que, por sua vez, estimula a síntese e secreção de testosterona. Tal como LH, o FSH também é chamado de gonadotrofina. É constituído por uma cadeia beta de 115 aminoácidos e uma cadeia alfa de 89 aminoácidos, o mesmo que o LH. A produção e a liberação do FSH são controladas pelo GnRH (hormônio liberador de gonadotrofina). O FSH estimula o crescimento testicular e dá suporte à função das células de Sertoli, que são necessárias para sustentar a maturação das células espermáticas.

TSH também é conhecido como uma tirotrofina e é secretada por células da glândula pituitária anterior. TSH é composto por uma cadeia beta de 112 aminoácidos e uma cadeia alfa de 89 aminoácidos. A cadeia alfa é a mesma que foi encontrada nos dois outros hormônios hipofisários, LH e FSH, alem do HCG. TSH é produzido quando o hipotálamo libera TRH (hormônio liberador de tirotrofina). Em seguida, faz com que a glândula pituitária libere TSH. TSH faz com que a glândula tireóide produza triiodotironina (T3) e tiroxina (T4), que controla o metabolismo do organismo.

HCG é clinicamente utilizada para induzir a ovulação e tratar perturbações do ovário em mulheres, bem como estimular os testículos hipogonadalmente (subprodução de O uso de HCG seria um bônus adicional para os usuários AE’s mesmo se houver uma falta de LH endógeno. Como o HCG aumenta os níveis naturais de testosterona do organismo, sua utilização durante ciclos longos ou com dosagens elevadas pode ser mais benéfica, pois os efeitos sobre o hipotálamo emitem um sinal suprimindo a função dos testículos.

O resultado disso leva ao que é conhecido como atrofia testicular. O uso do HCG irá enviar um sinal artificial para os testículos (novamente, como se fosse realmente LH), impedindo assim (até certo ponto) a atrofia. Não só contribui para manter tamanho e função testiculares, mas também ajuda na restauração dos testículos de volta para seu tamanho original.

Restaurar a produção natural de testosterona o mais rápido possível é uma preocupação especial nos homens, no final de um ciclo de EAA. O preço pago por bodybuilders caso não aumentem os níveis naturais de testosterona é a perda da maioria, se não todos os ganhos musculares que duramente conquistaram, e a principal causa disso é o cortisol.

O cortisol envia uma mensagem para os músculos que é oposto ao da testosterona. Cortisol Se não for tratado (por causa de um nível extremamente baixo de testosterona) ele vai rapidamente eliminar toda a massa muscular que você acabou de ganhar.

Alguns usuários acham que eles têm melhores ganhos e uma recuperação mais rápida quando utilizam HCG durante um ciclo de AAS. Isso se deve ao fato de que o corpo tem um elevado nível natural de testosterona em função do uso de AAS, e mesmo assim os testículos continuam sendo estimulados a secretar a testosterona intermitentemente, o que pode ajudar na recuperação depois.

Talvez isto seja devido à manutenção de um nível mais elevado de testosterona inter-testicular (ITT) fornecidos pelo uso intermitente do HCG, que ajuda muito ajuda a recuperação do HTPA (eixo hipotálamo-hipófise-testiculo). Uma dose média de HCG durante um ciclo é entre 500iu e 1000iu todas as semanas ou cada duas semanas. Em um estudo feito, uma única injeção de 6000IU de HCG elevou os níveis de testosterona por 6 dias. É por isso que várias pessoas recomendam que seja aplicado a cada 3-5 dias.

Obtêm-se níveis mais estáveis no sangue se for aplicado com mais freqüência. Nesse mesmo estudo, 1500IU de HCG elevaram os níveis de testosterona para entre 250 a 300%. Tomar tudo de uma vez, no entanto, irá causar um aumento de estrogênio causado pela aromatização da testosterona, e o resultado pode ser um caso de ginecomastia para o usuário.

No que diz respeito à utilização de HCG na TPC (terapia pós ciclo), doses menores e mais freqüentes após um ciclo de EAA daria os melhores resultados com a menor quantidade de efeitos colaterais. Uma dose diária de 250ui para 500ui por 2 a 3 semanas é abundante e varia muito pouco de pessoa para pessoa. As menores doses já são suficientes para iniciar a reversão da atrofia testicular, mas deve ser usado em conjunto com o tamoxifeno, que ajudará na recuperação sem aumento dos níveis de estrogênio, diminuindo assim o risco de ginecomastia no usuário.

Doses menores de 250iu a 500iu também evitam o risco de dessensibilização dos receptores de LH nos testículos. O velho ditado que mais é sempre melhor, definitivamente não se aplica ao uso de HCG. Sua melhor aposta é a de começar no 250iu ou 500iu para 5 ou 6 dias, e se você não notar nada acontecer (reversão da atrofia testicular) aumente a dose ligeiramente.

Como dito anteriormente, ciclos de HCG devem ter, no mínimo 2 a 3 de intervalo, um mês off entre elas e você pode esticar o seu ciclo por mais quatro semanas, sem qualquer preocupação maior se estiver utilizando doses mais baixas. Deve-se, no entanto, ter cuidado ao utilizar HCG por um longo período, pois isso poderia reprimir a produção natural de gonadotrofinas pelo organismo permanentemente, mas isso é mais especulação, já que nunca foi reportado nenhum caso de superdosagem. Como garantia, ciclos curtos de HCG ficam como norma.

A maioria usa HCG perto do final de um ciclo de esteróides, você deve iniciar o HCG terapia na última semana do seu ciclo. Para melhores resultados, você também deve usar tamoxifeno enquanto você usa o HCG, que por si só pouco contribuirá (ou nada) na prevenção da ginecomastia. Depois de cessado o HCG, você deve continuar com a sua habitual TPC com clomid ou tamox (de preferência a este último).

Em um ciclo de AAS de 6 a 10 semanas, o HCG pode ser dispensável, a menos que doses extremas de AAS forem utilizados, já exista um problema de atrofia testicular ou ainda quando você está executando um ciclo pesado só com orais. Para ciclos com 12 semanas ou mais, o HCG deve ser levado em conta.

Como o HCG é usado para estimular a produção de testosterona, os efeitos colaterais podem ser os mesmos que são associados com EAAs, embora ginecomastia possa ser o mais comum.

Possíveis efeitos colaterais do HCG são retenção de água e sódio após doses mais elevadas, resultado de um aumento da produção de andrógenos. Ele pode causar ginecomastia (novamente se as doses forem elevadas). Alguns atletas temem serem reprovados em exames de urina devido aos baixos níveis de epitestosterona, e utilizam uma dose de 500iu de HCG, aumentando os níveis de epitestosterona. No entanto, o problema é que o HCG é também é proibido pelo COI e pode também ser detectado em um teste na urina, (a meia vida do HCG é de aproximadamente 4 a 5 dias).

Outra possível desvantagem do HCG é que ela pode suprimir a parte alta do eixo, uma vez que toma o lugar do LH. O LH é fabricado na hipófise devido à resposta do GnRH (hormônio liberador de gonadotrofina), que, por sua vez, é secretado pelo hipotálamo. Como o HCG mimetiza o LH e está sendo fornecido exogenamente ao hipotálamo, este envia um sinal para parar de produzir GnRH então nenhum LH natural será produzido.

É por isso que deve ser sempre utilizado com um composto, como o tamoxifeno. Assim, embora o HCG seja essencial após longos ou pesados ciclos, ele não deve ser utilizado sem uma complementação, tais como (especificamente) tamox. A terapia com HCG deve ser interrompida pelo menos 2 semanas antes de parar o uso de tamoxifeno, ou pode suprimir a produção natural de testosterona. Isto não deve ser um problema se você está no final de seu ciclo de AAS e antes da TPC.